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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

As vezes sou um morto
que se esquece de se auto se enterrar-se...........
..............
E o mundo odeia os que fazem isso...

Eduardo Gomes
Esses dias me têm chegado de surpresa e
conversando com meus pensamentos
estão cegando minhas lembranças.

Essa é a triste notícia que me dou
sobre minha velhice chegando...

Eduardo Gomes

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Teu Silêncio

Daria meia vida

para descobrir

tudo o que falas

com o teu silêncio.


E a outra metade

viveria contigo

se se confirmasse

o que penso.


Eduardo Gomes

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ausência

As vezes escondo-me
por trás de mim.
Amparo meu choro
e também choro.

Ausente de mim
sou sonho;
sem me ser, sendo
refúgio de suspiros pálidos
e de promessas incumpríveis.

Me perco
e vivo a ser
imaginado.


Eduardo Gomes

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Convite

Novamente ferido fui
pelo golpe de promessas
que lançaste.
O sucesso na fulga
se terei, não sei,
bem sabes.
O além convém.
Canto de pássaro
prisioneiro,
quebra o silêncio indesejado.
Lembrança veloz
impede raciocínio.
Realidade
nada mais
que folhas de papel
em branco.
Vem pintar este futuro
com as cores do teu nome.

Eduardo Gomes

Vestígios da chuva

A chuva chega soprando
frio em minha sombra,
faz-se mulher, faxineira,
lava as ruas.
Vejo o charme/elegância
como veste-se.
Coloca cinza nos pés,
mãos,
se cobre de cinza temporal.
Calda a rastejar.
Não chuva
- mulher -.
Noiva/mulher de ventos.
Lentamente ao horizonte
despindo-se para o sol
e meus olhos.
Olhei para meus pés,
chorei.
Vi pedaços da noiva,
vestígios da chuva
escoarem pelas
ruas do Recife
- molhado -.

Eduardo Gomes

Busca

Pegadas de sorte
guiam meu contrário.
As condições para te olhar
Fazem de ti
imagem católica
erguida por homens
incrédulos/com fé.

És quem sabe não sei se és,
grito em desespero
que ninguém ouve.

Corro, chego lugar algum.
Leio o que li, releio.
Leio-me,
releio-me
e creio não saber
dizendo que sei.

Eduardo Gomes

Sempre Recife

Recife
mesmo vestido
de sol
és sombra do Capibaribe.

Capibaribe
rio que te rasga
faz-te em pedaços,
conta tua estória,
trás de volta
teu passado.

Recife Antigo
de igrejas barrocas
idosos históricos
e o rio
que te passa
me passa
nos olhos.

Eduardo Gomes

Ler é...

Ler é, apenas, mergulhar em um oceano
de conhecimentos, de culturas.
É superar seu próprio mundo e transgredir
as formas de “conceitos corretos”.

Ler é pular de um penhasco
em chamas e se queimar de idéias, é suportar
nos ombros, muitos outros ombros,
é ter na cabeça, muitas cabeças;
todas em atividade.

É falar com a língua dos outros, é concordar,
discordar e nunca ausentar suas opiniões.

Ler é atrair para si os conhecimentos
sobre tudo o que já foi estudado,
fazendo uso da palavra
como veículo de transmissão.

É se atirar na vida e saber que não
morrerá por engano.
É cavar no próprio peito o poço de informações,
as quais serão utilizadas, principalmente,
quando o sol da vida estiver indicando o meio dia.

Também é ficar em silêncio até que os
livros se calem, para não deixar de ouvir
nenhuma palavra.

É para adquirir intimidade com elas,
saber onde encontra-las quando precisar.

É fugir do monótono
e descobrir a vida.


Eduardo Gomes